Contato

Nanci Rodrigues Pacheco
CRP 05/0900
Av Almirante Tamandaré 360 sala 204
Piratininga - Niterói
Tel: (021) 2619-5856
Cel: (021) 8471-3286
email: consultapsicobreve@oi.com.br

Psicoterapia Breve : Histórico


Psicoterapia Breve : Histórico

As raízes da Psicoterapia Breve de orientação psicodinâmica se situam nos primeiros trabalhos desenvolvidos por S. Freud no início da Psicanálise, quando realizava atendimentos clínicos de curta duração e eficazes, aplicando uma técnica rápida e objetiva. Essa prática foi posteriormente modificada por ele em razão de um desenvolvimento da sua teoria na direção de uma formulação mais complexa.
Foi S. Ferenczi o primeiro discípulo de Freud a propor técnicas ativas para diminuir a duração do tratamento psicanalítico que, com a colaboração de O.Rank, em 1924, introduziu, no universo psicanalítico, novos conceitos que viriam a se tornar básicos para a Psicoterapia Breve atual. Já nessa época, eles enfatizaram a maior importância dos fatos da vida atual do paciente em comparação com suas experiências infantis.
Antecipando a atual abordagem cognitiva, entenderam que se deveria utilizar os processos intelectuais para modificar fatores emocionais na experiência dos pacientes. Propuseram, ainda, o estabelecimento de uma data para o término do tratamento e se referiram à importância do nível de motivação do paciente como fator de fundamental relevância para o sucesso do tratamento.
Em 1946, F. Alexander e T. French introduziram, ainda no campo da Psicanálise, o conceito de Experiência Emocional Corretiva - um dos conceitos fundamentais da atual técnica de Psicoterapia Breve.
"Franz Alexander chegava mesmo a propor que seu modelo terapêutico fosse considerado como uma 5ª etapa da evolução da Psicanálise. Sabemos hoje que, na verdade, o que ele estava propondo era uma abordagem terapêutica diferente, que viria a ser o fundamento da técnica atual de PB". ( Lemgruber, V., 1997b,pg.20)
A história da Psicoterapia Breve segue-se com o surgimento de terapias modernas e dinâmicas através dos estudos de D.Malan - responsável pelo conceito de Foco - J. Mann, P. Sifneos, H. Davanloo e M. Balint. Posteriormente surgem as terapias comportamental e cognitiva, assim como os primeiros manuais de P.B. de orientação psicodinâmica, até chegarmos aos tempos atuais com o modelo integrado da psicoterapia e farmacologia, resultado do entendimento moderno de uma abordagem psicoterapêutica que considera a integração cérebro-mente, fortemente embasado pelos últimos estudos das Neurociências.
Na América Latina, a P.B. se desenvolveu, em primeiro lugar, na Argentina sob a influência da Psicanálise inglesa representada pelo grupo da Tavistock Clínica, especialmente Malan e Balint. Integram com destaque o grupo argentino, H. Kesselman - que publicou, naquele país, o primeiro livro sobre o assunto - Fiorini, autor que enfatizou o conceito de Experiência Emocional Corretiva e M. Knobel, que se radicou no Brasil, desenvolvendo seus estudos na UNICAMP, em São Paulo.
No Brasil, a 1ª publicação sobre o tema Psicoterapia Breve, ocorreu em 1984 com o livro "Psicoterapia Breve: a Técnica Focal", de Lemgruber, V., seguida em 1986 por Knobel. Além desses, também se destacam em estudos e pesquisas sobre Psicoterapia Breve um grupo de autores do Rio Grande do Sul, entre os quais Cordioli e Eizirick Aguiar e, no Rio de Janeiro, Lowenkron, com a publicação de Psicoterpia Breve, de 1993.
Em textos posteriores nos reportaremos aos principais conceitos que embasam a técnica da Psicoterapia Breve: Experiência Emocional Corretiva, Foco, Atividade , Planejamento e Efeito Carambola.
Nanci Rodrigues Pacheco

O que é psicoterapia breve?

 



O que é a Psicoterapia Breve?
É uma técnica utilizada em Psicoterapia que foi desenvolvida nas últimas décadas nos Estados Unidos e na Europa em resposta às demandas dos Planos de Saúde que pressionavam as seguradoras por atendimentos psicoterápicos menos longos que os até então utilizados pela psicoterapia tradicional existente. Por essa razão vários estudos foram desenvolvidos e se acabou criando uma nova técnica - a Psicoterapia Breve - que permite resultados tão eficazes ou até mais que os métodos anteriores.


QUAL A EFICÁCIA DA PSICOTERAPIA BREVE?

É uma técnica, como já dissemos, que apresenta resultados terapêuticos bastante eficazes num limite de tempo bem menor e com apenas um atendimento semanal, podendo-se observar melhoras significativas já nos primeiros meses de tratamento.


EM QUE CONSISTE O TRATAMENTO?

Em uma sessão semanal com duração de 45 minutos. De um modo geral todo o tratamento pode durar cerca de 20 sessões , dependendo do caso ( aproximadamente 5 meses). Entretanto, também há possibilidade de alta com menor número de atendimentos.


QUAL O PAPEL DO TERAPEUTA NA TERAPIA BREVE?

Diferentemente de outras abordagens, o terapeuta tem um papel bastante ativo durante as sessões, atuando de maneira direta e participativa em todo o processo terapêutico.


EM QUE CASOS HÁ INDICAÇÃO PARA PSICOTERAPIA BREVE?

As pessoas que melhor resultado podem obter com a Psicoterapia Breve são aquelas que apresentam um alto grau de motivação para a terapia, para entender a si próprios e para mudar.
Também são fatores que favorecem o sucesso dessa técnica: a presença de um problema específico; a capacidade de expressar sentimentos e interagir flexivelmente com o terapeuta; disposição em participar ativamente da avaliação do seu problema; capacidade de reconhecer que seus sintomas são de origem psicológica; curiosidade a respeito de si próprio; abertura a novas idéias expectativas realistas em relação aos resultados do tratamento e disposição de fazer um sacrifício razoável, seja de tempo, dinheiro ou disponibilidade interna para lidar com questões muitas vezes desagradáveis.
Em termos de enfermidades podemos dizer que essa técnica tem indicação específica para o tratamento de Transtorno Depressivo Leve. Distimia, Fobia Social ( medo de encontrar pessoas novas, de assinar cheques, comer ou falar em público,etc), Transtorno de Ansiedade Generalizada,Síndrome do Pânico, Disturbios de Ajustamento ( separação, mudanças importantes de trabalho, cidade. etc), Reação a Estresse Grave e alguns Transtornos de Personalidade.
Também tem indicação relativa ( prognóstico menos favorável, mas com possibilidade de grande melhoria) para os seguintes casos: Transtorno Depressivo Moderado,Fobias específicas, TOC, Transtornos Alimentares ( bulimia, anorexia, comer compulsivo) e outros Transtornos de Personalidade.
É contra indicada para o tratamento de Síndromes Orgânicas, Esquizofrenia, Transtorno Bipolar, Transtorno de Personalidade Anti-Social, Retardo Mental e Autismo.

Nanci Rodrigues Pacheco
Psicóloga CRP 05/0900